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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Padre Ágio

Padre Ágio Augusto Moreira de Deus nasceu na cidade de Assaré - Ceará, e iniciou seus estudos na cidade de Campinas, em São Paulo. Posteriormente veio para o Seminário Diocesano do Crato, onde teve o seu primeiro contato com o estudo da música, tendo como professor o seu próprio irmão: Padre Davi Moreira. Terminou os seus estudos no Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde aprimorou os seus estudos em musica clássica e canto gregoriano. Voltou ao Cariri ordenado Padre e foi trabalhar na localidade chamada Goianinha (hoje Jamacarú), na Chapada do Araripe, na cidade de Missão Velha (CE). Nessa localidade, após presenciar as colheitas de arroz e café, onde os trabalhadores cantavam enquanto trabalhavam, teve a idéia de fundar uma escola de música para trabalhadores rurais. Em meados dos anos 60, já residindo em Crato, viu seu sonho começar a se realizar com a fundação da Sociedade Lírica do Belmonte, completando este ano de 2010, 50 anos de existencia.
Fonte:Blog Cariri Cangaço

José Nilton

O cantor e compositor José Nilton de Figueiredo é natural do Crato, na região do Cariri e seguindo os passos do avô - que era músico e poeta - também se tornou compositor. Viveu alguns anos no Rio de Janeiro e solidificou sua admiração por um artista em especial: Chico Buarque. Grande admirador de Chico, José Nilton sofreu muita influência do compositor, chegando mesmo a imitar o tom de voz de Buarque e a compor no seu estilo.
O CD “De onde olho” é dedicado à Chico e traz composições nos mais diferentes estilos, todas com letras bem trabalhadas que revelam um compositor de talento. Um detalhe que gostei bastante é que no encarte, José Nilton fala um pouco de cada canção. Explica onde e como foi feita, de onde veio a inspiração, enfim , dá detalhes completos sobre a música, o que considero extremamente importante e interessante de se ter em um disco. E por falar no encarte, ele é todo ilustrado com xilogravuras de autoria de José Lourenço. Participam do CD artistas do Crato como Abdoral Jamacaru, Luis Carlos Salatiel, João do Crato, a cantora Lívia França e o violonista Lifanco, que fez os arranjos e dividiu a direção artística com José Nilton.
1-Escolhas (José Nilton/Carlos Rafael)
2-Roendo as unhas (José Nilton)
3-Taí o samba (José Nilton) – Participação de Marta Freitas
4-Crato (José Nilton) – Participação de Correinha
5-As gotas que soaram de lá (Rodrigo Figueiredo) – Canta Rodrigo Figueiredo
6-Tristes vales (José Nilton) – Participação de João do Crato
7-De onde olho (José Nilton)
8-Carteira de identidade (José Nilton/Ana Cecília) – Participação de Lívia França e Marta Freitas
9-Tanta coisa (José Nilton/Francisco Sávio)
10-Mistérios gozosos (José Nilton)
11-Serrana bela (José Nilton)
12-Absorto (José Nilton)
13-Visões do paraíso (José Nilton) – Participação de Abdoral Jamacaru e Luis Carlos Salatiel
Fonte: Musica do Ceará

O som que veio da roça e dos Cariris

As bandas cabaçais, como a dos Irmãos Aniceto, são assim
chamadas porque, antigamente, a zabumba era feita
 de cabaça e coberta com pele de bode ou carneiro
A banda cabaçal dos Irmãos Aniceto surgiu no século XIX com o agricultor José Lourenço da Silva, que transmitiu seus conhecimentos musicais para filhos e netos. O grupo, sustentado por instrumentos de sopro e percussão, como pífanos, zabumba, caixa e pratos de metal, compõe inspirado no trabalho da roça e na observação do cotidiano da vida do sertão.
Conforme Mestre Raimundo, filho de José Lourenço da Silva, o grupo vem treinando seus herdeiros para montar a banda cabaçal infantil, com meninos de 6 e 7 anos, e assim como aprenderam com o pai, não deixarão a música dos Aniceto desaparecer. Os instrumentos da banda são fabricados por eles mesmos, conforme os segredos que passam de geração para geração. José Lourenço da Silva, índio Cariri do Ceará, possuía a alcunha de Aniceto e conhecia o Pife havia tempos. Fundou a Banda Cabaçal Irmãos Aniceto ainda no século XIX.  Foi ouvindo o pai tocar que os filhos aprenderam. Raimundo, Antônio José, João José, Benedito e Cícero tocam adiante hoje a banda. (Cabaçal é sinônimo de banda de Pife naquela região do país). Os integrantes levam a tradição familiar adiante e ensinam os parentes próximos. Segundo o filho Raimundo, já tem gente da quarta geração da banda tocando. Recentemente criaram a banda-mirim, com as crianças que já demonstram incrível talento. Raimundo fabrica os instrumentos do grupo, que já tocou no exterior apresentando a cultura do Pife. As apresentações do grupo incluem danças incríveis, com agilidade impressionante, apesar da idade avançada de alguns dos integrantes. O jornalista Pablo Assumpção escreveu um livro chamado “Anicete – quando os índios dançam” que diz que a banda reúne “atores que desempenham uma performance única e que mescla o passo matreiro e intuitivo de cada um com modos ancestrais de dançar e imitar animais, aprendidos com as gerações indígenas da família. É essa performance que evolui em danças e trejeitos bem particulares que os diferencia de qualquer outra banda. Uma espécie de ritual secular que apresenta a força das coisas inéditas”.
Fonte:Coletivo Camaradas / Pife Brasileiro

domingo, 5 de setembro de 2010

Dos Pombos Urbanos à Nacacunda e a volta do Fator RH: 22 anos de rock caririense

Banda Fator in Concert: 8 de janeiro de 1989
A Banda Fator RH fará uma apresentação amanhã, dia 10, às 19:30 horas, no Centro Cultural do Araripe, em Crato, na abertura do Festival Estudantil da Canção. A idéia partiu da equipe de organização do evento, promovido pela Secretaria de Cultura do Crato. Para aqueles que viram as históricas apresentações do grupo, será um momento de alegria misturada a nostalgia. Para os mais novos e os que passaram "batidos", será uma oportunidade de conferir porque ainda hoje se fala nesta rapaziada “cretácea” , pioneira do rock’n’roll caririense.


Pombos Urbanos, 1987 : Nicodemos, Cacheado, Rafael Fel e Sergestes Tocantins
Tudo começou com a banda Pombos Urbanos, criada no segundo semestre de 1987, por mim e Nicodemos, e dela também fizeram parte Marcos Lobisomem, Sergestes Tocantins e Cacheado, baterista, já falecido.
O nome surgiu quando eu e Nicodemos atravessávamos a Praça Cristo Reis, em Crato, em meio aos pombos, que naquela época, faziam parte da paisagem do logradouro. Nico, então, disse a frase mágica: “somos todos pombos urbanos”. E eu: “pombos urbanos? Isso é nome de banda de rock”. E ele: “então, vamos fazer uma”.
Fator RH: Manel D'Jardim (arranjador e músico esporádico),
Rafael, Sergestes, Lupeu, Marcos, Calazans e Salatiel (grande apoio)
Foi um caso incomum de uma banda que surgiu depois do nome, pois até, naquele momento, não tínhamos tramado nada neste sentido.
No dia seguinte começamos a... compor. E compomos, de cara, o maior hit da banda: Marinalva (“...uma boa moça, uma grande alma. Trabalhava na LBA como assistente social. Católica militante, virgem filantrópica. Queria salvar o mundo...”). Foi mais um caso incomum de uma banda que emplacou o seu maior sucesso logo com a primeira composição.

Fator RH, 1988: Rafael, Calazans, Sergestes (sentado), Lupeu, Marcos e Júnior Balu
Os Pombos Urbanos tiveram vida efêmera, da sua estréia até a despedida, foram somente oito meses, de outubro de 1987 a maio de 1988. Nico foi embora e do que restou da banda (eu, Sergestes Tocantins e Marcos Lobisomem) formou-se o Fator RH, incorporando Lupeu, Calazans Callou e Júnior Balu. O Fator RH durou três anos, até 1990, quando, depois de mudanças de membros (saíram Marcos e Sergestes e entraram Leonardo Leo, Igor Arraes e João Eymard), transformou-se no Lerfa Mu, com participações esporádicas de Manel D’Jardim, como guitarrista e arranjador. Com essa formação, o Lerfa Mu gravou uma fita demo no ProAudio Studio, em Fortaleza.
De 1991 a 1995, houve um interregno. Lupeu foi para Petrolina. Calazans para Recife. Leonardo Leo para Boa Viagem (onde ainda hoje mora, sendo maestro da banda de música daquela cidade cearense). Igor deu um tempo. João Eymard sumiu. Eu me casei e fui ser professor para sustentar a família.
Nacacunda, 1995, gravando para o programa Brasil Legal: Marcos, Roger, Rafael e Rubinho
 Mas, em 1995, com o retorno de Marcos Lobisomen, que passou a morar em Juazeiro, onde abriu uma loja de móveis para crianças, voltamos a nos reunir para fazer um som, de noite, na dita loja. Eu, Marcos, Luís Carlos Saraiva, Roger e Rubinho. E, com essa formação, foi criada a banda Nacacunda que, na esteira do sucesso de Chico Science & Nação Zumbi, seguiu a fórmula do momento, incorporando ritmos nordestinos à batida roqueira. A nova banda estreou em show no Sesc-Juazeiro. 

Nacacunda em Recife (Festival Skol Rock), 1996: Calazans, Rafael,
Igor, Marcos, João Eymard e Antonio Carlos


Depois, novas mudanças. Igor e João Eymard voltaram. Antonio Carlos, percursionista, entrou. Eu e Marcos permanecemos. E, com esse “team”, conseguimos o nosso maior feito até então: classificar uma música para um festival de porte nacional: o Skol Rock. Tocamos na primeira noite da eliminatória norte-nordeste, no Centro de Convenções de Olinda, PE, em julho de 1996. Foi o Auge.
Em seguida, não dando mais para conciliar a vida de roqueiro com a profissão e a família deixei a banda e fui substituído por Hugo Arraes, irmão de Igor. Calazans, mesmo morando em Recife, foi o maior responsável pela continuidade e atividade da banda. Assim, hospedou a rapaziada (agora, com Miguel Batera, também falecido, Nivando Ulisses e Paulo Lobo) em seu apartamento, e bancou, praticamente sozinho, a gravação do primeiro (e até então único) CD da banda, lançado em julho de 2006, em show na Expocrato.
Fonte: CaririCult

sábado, 4 de setembro de 2010

Correinha


Cantor, compositor, músico, poeta, teatrólogo, professor de Educação Artística (música e dança) do SESI – Crato, artezão e folclorista. Autor de aproximadamente 500 composições foi chamado denominado pelo ilustríssimo J. de Figueiredo Filho de O TROVADOR DO CARIRI.
Sua vida confundia-se com o universo cultural do Cariri, mais especificamente com o município do Crato, que o acolheu de forma amável e generosa. Nessa tragetória de mais de 50 anos, Correinha colecionou títulos, dentre eles: A Medalha do Mérito Municipal Doutor Antonio Teles, Título de Visitante Ilustre no Festival Brasileiro de Folclore (1984) – Olímpia, São Paulo, Cidadão Cratense pela Câmara Municipal do Crato, ocupava a Cadeira Nº 12 da Academia dos Cordelistas do Crato e tinha como Patrono o compositor cearense José Jatahy no Instituto Cultural do Cariri
Fonte: Arquivo FCC

Divani Cabral


Nascida em Crato-Ce, forma da Filosofia e pós-graduada em Educação, na Faculdade de Filosofia do Crato.
Cursos:
* Curso de aperfeiçoamento em métodos e técnicas de Ensino – UFC
* Cursos de Especializados em música Instrumental – SCAC
* Cursos Especializados em Canto-coral, técnica vocal, regência, violino e história da música Pro-Arte-RJ.
* Curso de Técnicas audiovisuais em educação – ABE-RJ
* Curso especializado em teatro, artes plásticas e cinema – UFC
Atuou com professora de educação artística, psicologia da infância, sociologia metodologia do ensino canto coral e técnica vocal em colégios e entidades como o colégio Diocesano no Crato e Universidade Regional do Cariri. Também já desempenhou várias atividades administrativas como secretária, diretora, regente em várias entidades.
Atualmente:
* É diretora artística e executiva da Sociedade de Cultura Artística do Crato desde 1972.
* Diretora do Teatro Rachel de Queiroz – desde 1978.
* Diretora das Escolas de Arte da SCAC: música, teatro, dança, artes plásticas e casinha de cultura.
* Regente do Coral da SCAC – dês 1972.
* Regente do Pequeno Coral do Crato – desde 1967.
* Coordenadora da Equipe de Leitores – Pastoral Litúrgica da Paróquia N. Senhora da Penha – Crato.

Fonte: Arquivo FCC

Carlos Salatiel

Ator, músico/compositor, cinéfilo e produtor cultural que desde os anos 70 atua, promove e valoriza a arte e cultura contemporânea do cariri cearense.
Fonte: Blog