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domingo, 5 de setembro de 2010

Dos Pombos Urbanos à Nacacunda e a volta do Fator RH: 22 anos de rock caririense

Banda Fator in Concert: 8 de janeiro de 1989
A Banda Fator RH fará uma apresentação amanhã, dia 10, às 19:30 horas, no Centro Cultural do Araripe, em Crato, na abertura do Festival Estudantil da Canção. A idéia partiu da equipe de organização do evento, promovido pela Secretaria de Cultura do Crato. Para aqueles que viram as históricas apresentações do grupo, será um momento de alegria misturada a nostalgia. Para os mais novos e os que passaram "batidos", será uma oportunidade de conferir porque ainda hoje se fala nesta rapaziada “cretácea” , pioneira do rock’n’roll caririense.


Pombos Urbanos, 1987 : Nicodemos, Cacheado, Rafael Fel e Sergestes Tocantins
Tudo começou com a banda Pombos Urbanos, criada no segundo semestre de 1987, por mim e Nicodemos, e dela também fizeram parte Marcos Lobisomem, Sergestes Tocantins e Cacheado, baterista, já falecido.
O nome surgiu quando eu e Nicodemos atravessávamos a Praça Cristo Reis, em Crato, em meio aos pombos, que naquela época, faziam parte da paisagem do logradouro. Nico, então, disse a frase mágica: “somos todos pombos urbanos”. E eu: “pombos urbanos? Isso é nome de banda de rock”. E ele: “então, vamos fazer uma”.
Fator RH: Manel D'Jardim (arranjador e músico esporádico),
Rafael, Sergestes, Lupeu, Marcos, Calazans e Salatiel (grande apoio)
Foi um caso incomum de uma banda que surgiu depois do nome, pois até, naquele momento, não tínhamos tramado nada neste sentido.
No dia seguinte começamos a... compor. E compomos, de cara, o maior hit da banda: Marinalva (“...uma boa moça, uma grande alma. Trabalhava na LBA como assistente social. Católica militante, virgem filantrópica. Queria salvar o mundo...”). Foi mais um caso incomum de uma banda que emplacou o seu maior sucesso logo com a primeira composição.

Fator RH, 1988: Rafael, Calazans, Sergestes (sentado), Lupeu, Marcos e Júnior Balu
Os Pombos Urbanos tiveram vida efêmera, da sua estréia até a despedida, foram somente oito meses, de outubro de 1987 a maio de 1988. Nico foi embora e do que restou da banda (eu, Sergestes Tocantins e Marcos Lobisomem) formou-se o Fator RH, incorporando Lupeu, Calazans Callou e Júnior Balu. O Fator RH durou três anos, até 1990, quando, depois de mudanças de membros (saíram Marcos e Sergestes e entraram Leonardo Leo, Igor Arraes e João Eymard), transformou-se no Lerfa Mu, com participações esporádicas de Manel D’Jardim, como guitarrista e arranjador. Com essa formação, o Lerfa Mu gravou uma fita demo no ProAudio Studio, em Fortaleza.
De 1991 a 1995, houve um interregno. Lupeu foi para Petrolina. Calazans para Recife. Leonardo Leo para Boa Viagem (onde ainda hoje mora, sendo maestro da banda de música daquela cidade cearense). Igor deu um tempo. João Eymard sumiu. Eu me casei e fui ser professor para sustentar a família.
Nacacunda, 1995, gravando para o programa Brasil Legal: Marcos, Roger, Rafael e Rubinho
 Mas, em 1995, com o retorno de Marcos Lobisomen, que passou a morar em Juazeiro, onde abriu uma loja de móveis para crianças, voltamos a nos reunir para fazer um som, de noite, na dita loja. Eu, Marcos, Luís Carlos Saraiva, Roger e Rubinho. E, com essa formação, foi criada a banda Nacacunda que, na esteira do sucesso de Chico Science & Nação Zumbi, seguiu a fórmula do momento, incorporando ritmos nordestinos à batida roqueira. A nova banda estreou em show no Sesc-Juazeiro. 

Nacacunda em Recife (Festival Skol Rock), 1996: Calazans, Rafael,
Igor, Marcos, João Eymard e Antonio Carlos


Depois, novas mudanças. Igor e João Eymard voltaram. Antonio Carlos, percursionista, entrou. Eu e Marcos permanecemos. E, com esse “team”, conseguimos o nosso maior feito até então: classificar uma música para um festival de porte nacional: o Skol Rock. Tocamos na primeira noite da eliminatória norte-nordeste, no Centro de Convenções de Olinda, PE, em julho de 1996. Foi o Auge.
Em seguida, não dando mais para conciliar a vida de roqueiro com a profissão e a família deixei a banda e fui substituído por Hugo Arraes, irmão de Igor. Calazans, mesmo morando em Recife, foi o maior responsável pela continuidade e atividade da banda. Assim, hospedou a rapaziada (agora, com Miguel Batera, também falecido, Nivando Ulisses e Paulo Lobo) em seu apartamento, e bancou, praticamente sozinho, a gravação do primeiro (e até então único) CD da banda, lançado em julho de 2006, em show na Expocrato.
Fonte: CaririCult

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